Adiante, porque não?

Um fato. Diversas e variadas possibilidades de agir diante desse fato.
Escolha, decisão, ação. A possibilidade de agir diferente e as evidentes consequencias (ou nem tão evidentes assim) implicadas por tais ações. Há um infinito de movimentos variavelmente convergentes e divergentes entre si.

A confiação. Cada momento, cada situação requer dos personagens no filme (e requer também das pessoas na vida real) um compromisso praticamente irrecusável, uma necessidade de agir para manter/criar/evidenciar em si (personagens/pessoas) caracteristicas necessariamente essenciais. A confiaça firma-se. A confiança é/pode ser adquirida, mas pode também ser destruída.
Em que confiar? Agora? A dúvida ao duvidar? A incerteza.
A possibilidade diante das infinitas impossibilidades. Enxergar possibilidades. Procura-las. Evidenciá-las.

O reconhecimento. A união. Confiar, acreditar num outro "eu", um "eu" no outro. Vida em movimento.

O fim. Específico de cada pessoa, situação, encontro, ocorre. O que importa? A duração? A duração. Não no sentido cronológico, mas perceptivo. O que me ocorre, o que me envolve, o que me afeta. Em que tudo isso se firma, ou no que o personagem permite que as ações firmem-se. Nas escolhas? Não há tempo suficiente para explicar, nem tempo de ver onde isso vai dar de início. Um passo por vez, num compasso variável. Não existe um agir corretamente. Não existem modelos/formas/maneiras corretas de agir diante das situações, não há parametros para medir a vida. A vida ocorre. As situações desenvolvem-se diante de escolhas. A resposabilidade de uma escolha, as consequencias implicáveis por tais escolhas (às vezes não há tempo para pensar sobre elas). Existe uma constante necessidade de ação, mas antes disso de decisão.
Reconhecer - decidir - agir. Variavelmente diante de cada reconhecimento.
A escolha é impulsionada, as escolhas impulsionam. Boas escolhas, bons momentos, satisfação, envolvimento, compromisso. 


(Corra. Lola, Corra de Tom Tykwer)